MAQUIAVEL E A PRESERVAÇÃO DO PODER


 Nicolau Maquiavel foi um pensador florentino que viveu num período em que o Estado italiano era dividido em principados aflingido por constantes disputas políticas e guerras. É nesse contexto que Maquiavel, considerado o fundador da ciência política, escreveu seu tratado político denominado, O Príncipe como regra geral do pensamento político que estava implícito no adágio de seu tempo. Assim como outros pensadores deste período, Maquiavel acreditava que a paz seria decorrente das atitudes e virtudes dos governantes, e que a felicidade seria resultante do bom exercício da vida política em sociedade.
A partir disso, Maquiavel faz da sua principal obra (escrita para Lourenço de Médici governador de Florença) um legítimo manual de ação política, cujo ideal é a conquista e a manutenção do poder. Disserta a respeito das relações que o monarca deve manter com a nobreza, o clero, o povo e seu ministério. Mostra como deve agir o soberano para alcançar e preservar o poder, como manipular a vontade popular e usufruir seus poderes e alianças. Faz uma análise clara das bases em que se assenta o poder político: como assegurar exércitos fiéis e corajosos, como castigar os inimigos, como recompensar os aliados, como destruir na memória do povo a imagem dos antigos líderes.
Outro fato de destaque em relação a obra de Maquiavel é que diferente de alguns pensadores como Thomas Morus, Maquiavel faz uma leitura da sua realidade tal como se apresentava, ao invés de imaginar ou idealizar uma sociedade perfeita, tendo como base de argumentação acontecimentos e feitos de líderes do passado demonstrando reconhecer que a vida social depende de leis que regulam o comportamento social em diferentes épocas e lugares. 
Portanto, Maquiavel busca explicar as relações humanas através da orientação dos fatos políticos e históricos como exemplos a serem seguidos ou repudiados. Com isso sua visão de sociedade é tida como resultado das condições econômicas e políticas, isto é, nada é mais considerado como obra da providência divina ou do acaso, mas sim como interferencia direta da ação humana e seu poder decisivo sobre a história.

Quer saber mai? Leia as obras:
- O Príncipe. Nicolau Maquiavel
- A Arte da Guerra. Nicolau Maquiavel
- Sociologia: introdução à ciência da sociedade. Cristina Costa.

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