MANIFESTAÇÕES DO CONHECIMENTO

Dá-se o nome de conhecimento à relação que se estabelece entre sujeito que conhece (cognoscente) e um objeto a ser conhecido. O conhecimento pode ser CONCRETO, quando o sujeito estabelece uma relação com um objeto individual, por exemplo, um amigo e tudo que sabemos sobre ele, como características físicas, personalidade, entre outras coisas. E ABSTRATO, quando estabelece uma relação com um objeto geral, universal. Por exemplo, o conhecimento que temos sobre o homem como gênero, isto é, o que faz os homens serem considerados homens. Ao considerar o conhecimento no sentido mais amplo possível, percebemos que ele se faz no enfrentamento contínuo das dificuldades que desafiam o homem no seu cotidiano. E como tal não é somente fruto da razão, mas também dos sentidos, da memória, do hábito, da imaginação, das crenças e desejos. Por extensão, dá-se também o nome de conhecimento ao saber acumulado pelo homem por gerações. Portanto, o conhecimento é o produto da relação sujeito-objeto que pode ser dominado (apreendido) empregado e transmitido.
Modos de Conhecimento:
Senso Comum - chamamos de senso comum ou conhecimento espontâneo a primeira forma de compreendermos o mundo. Resultante das experiências particulares, nascendo da tentativa de resolução dos problemas diários da vida. Portanto, é um conhecimento ingênuo, fragmentado, impreciso, preso às aparências. No senso comum não há uma preocupação com a fundamentação (causas e por quês dos problemas) não procurando tematizar os problemas. Seu maior problema é o fato de estar geralmente carregadas de preconceitos e concepções rígidas e distorcidas. No senso comum as pessoas se tornam alvos fáceis de manipulações.
Bom Senso – O bom senso é a capacidade de discernimento, em que o indivíduo deixa a mesmice do senso comum para fazer julgamentos entre o que é verdadeiro ou falso. Diferente do senso comum, o bom senso é flexível, dinâmico, absorvendo com distinção as influências mais diversas. Aristóteles chamava o Bom senso de sabedoria prática, acessível a todos pelo bom exercício do pensamento. Para Aristóteles uma vida feliz era sinônimo do bom uso do pensamento e do agir com discernimento.
Exemplo: um homem quando muito corajoso, deixa de ser sábio para ser imprudente. Já um temerário demais, deixa de ser sábio para ser um covarde. Para Aristóteles o correto seria o meio termo.
Características do Bom Senso:
- Capacidade de distinguir (verdadeiro ou falso).
- posição tematizadora (reflexão sobre os problemas).
- Início dos questionamentos.
- Capacidade de adaptação frente às regras e costumes.
 Fonte: Temas de Filosofia – Maria Lúcia de Arruda e Maria Helena Pires

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