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Mostrando postagens de abril, 2012

Habermas e a Teoria Crítica

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Habermas é sem dúvida o maior representante da chamada segunda geração da Escola de Frankfurt. Notoriedade ganha em parte por dar seguimento aos fundamentos da tradição   de uma forma criativa e diferente dos seus antecessores, desviando-se de posições aporéticas contidas na tradição e outra parte por influenciar toda uma nova geração de pensadores como Axel Honneth, Seyla Benhabib entre outros que se dispusseram a dar continuidade ao seu projeto crítico emancipador.   Na tentativa de não comprometer todo o projeto crítico, Habermas cria   um novo paradigma explicativo que não apenas restauraria o projeto crítico, mas também serviria como base de análise para o entendimento das relações e comportamento das pessoas em sociedade, isto é, Habermas se compromete com o desenvolvimento de uma teoria crítica imanente orientada por potenciais de emancipação contidos na própria realidade observada, ou seja, a Teoria Crítica de Habermas não se limitaria apenas a apontar as patologias da

A DESOBEDIÊNCIA CIVIL DE THOREAU

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  Resumo O presente estudo tem como finalidade na apresentação da Filosofia Política de Henry David Thoreau como forma política de objeção aos domínios do Estado e principalmente como forma de protesto as leis injustas impostas por ele, usando como referencia suas obras, em especial seu ensaio A Desobediência Civil. Este artigo também busca levantar  e discutir à questão da validade da Desobediência Civil trazendo algumas hipóteses contrárias e a favor desta prática, mas principalmente discutir a importância da mobilidade social como principal fundamento reparador no processo político.  Introdução             Após a independência em 1776 e o devido reconhecimento como nação, a organização política norte-americana se via dividida em duas tendências partidárias: a republicana de Thomas Jefferson, que defendia maior autonomia para os estados, e a federalista de Hamilton, que sustentava uma centralização governamental. No entanto, em 1787 as duas tendências foram combina

PARA QUE FILOSOFIA?

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Em nossa cultura e em nossa sociedade, costumamos considerar que alguma coisa só tem o direito de existir se tiver alguma finalidade prática muito visível e de utilidade imediata, de modo que quando se pergunta "para quê?", o que se quer saber é: " Qual a utilidade ?, Para que serve isso?, Que uso proveitoso ou vantajoso posso fazer disso?" Eis por que ninguém pergunta "para que as ciências?", pois todo mundo imagina ver a utilidade das ciências nos produtos da técnica, isto é, na aplicação dos conhecimentos científicos para criar instrumentos de uso, desde o cronômetro, o telescópio e o microscópio até a luz elétrica, entre outros. Todo mundo também imagina ver a utilidade das artes, tanto por causa da compra e venda das obras de arte (tidas como mais importantes quanto mais altos forem seus preços de mercado), como porque nossa cultura vê os artistas como gênios que merecem ser valorizados para o elogio da humanidade (ao mesmo tempo que,

A IMPORTÂNCIA DE PERGUNTAR

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Quando um professor ou professora pergunta à classe se alguém tem alguma dúvida sobre o que acabou de expor, qual é a reação mais comum? Silêncio ou algumas perguntas tímidas. A maioria tem alguma dúvida – ou muita dúvida – , mas não ousa expressá-la. Essa postura também é muito comum em universidades, empresas, em encontros culturais, nos almoços e jantares, nas mesas de bares e etc. Mas por que isso é tão comum? Uma explicação pode estar na dificuldade de expressão , isto é, na dificuldade de encontrar as palavras certas para expressar a dúvida que se tem o que é muito normal em muitos casos. Outra explicação seria que grande parte das pessoas não ousa expressar sua dúvida por medo da fala em público , trazendo alguns prejuízos a pessoa e a todos em questão. Esse temor de maiores habilidades de expressão linguística e de comunicação oral poderia mudar bastante esse cenário. Há, porém, uma explicação que nos parece mais fundamental: muita gente acredita, mesmo sem estar