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Mostrando postagens de julho, 2012

Do Mito a Filosofia

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Primeiramente quando nos referimos da passagem do Mito para a Filosofia, não podemos esquecer-nos de um fator importante deste processo – o período histórico e social que a civilização grega se encontrava e sua influência no pensamento grego. Inicialmente a Grécia era constituída por diversas regiões politicamente autônomas e neste período (séculos XII a VIII a.C.) o pensamento mítico era como os homens explicavam a realidade e o mundo. Posteriormente com a formação das cidades-estados (séculos VIII a IV a.C.) o pensamento mítico deixa de ser uma forma de interpretar a realidade para dar lugar ao pensamento lógico/conceitual. Neste período surgem os primeiros filósofos.   Porém o que é Pensar? E como o Pensamento grego pode ser influenciado pelo contexto histórico e social em que se viveram? Primeiramente até onde se sabe o pensamento na sua forma complexa é uma atividade exclusivamente humana e com isso é pelo pensamento que pomos em movimento o que nos vem da percepção, da ima

OBEDIÊNCIA, PODER E LUTA EM GENE SHARP

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Gene Sharp é um cientista político, professor em Harvard que ganhou notoriedade por seus escritos e pesquisas referente a luta não armada contra regimes totalitaristas, nesses últimos dias, seu nome esteve vinculado aos movimentos estudantis no Egito. Para Sharp Poder está estritamente interligado ao social e político e a obediência é o coração do poder político de qualquer governo e regime. Segundo Sharp, toda luta com sentido transformador, pelo qual, defende a soberania de uma nação é válida, mas é a partir da luta não violenta que a ação transformadora atinge o dinamismo requerido dentro da totalidade da organização social. Pois para o autor a não violência não significa passividade, mas sim, uma forma de luta de grande força e eficiência em que a própria população exerce o seu direito de defender sua soberania de usurpadores do governo, de agressores estrangeiros e, principalmente, como forma de expressar sua importância e maturidade política. Neste sentido, Gene Sharp e

MICHEL FOUCAULT E AS RELAÇÕES DE PODER

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 Em vez de tentar responder ou discutir as questões filosóficas tradicionais, Foucault desenvolveu critérios de questionamento e crítica ao modo como elas são encaradas. A primeira consequência desse procedimento é mostrar que categorias como razão, método científico e até mesmo a noção de homem não são eternos, mas vinculados a sistemas circunscritos históricamente. Para ele, não há universalidade nem unidade nessas categorias e também não existe uma evolução histórica linear. O peso das circunstâncias não significa, no entanto, que o pensador identificasse mecanismos que determinam o curso dos fatos e os acontecimentos, como o positivismo e o marxismo. Investigando o conceito de homem no qual se sustentavam as ciências naturais e humanas desde o iluminismo, Foucault observou um discurso em que coexistem o papel de objeto, submetido à ação da natureza e de sujeito, capaz de apreender o mundo e modificá-lo. Mas o filósofo negou a possibilidade dessa convivência. Seg

MAQUIAVEL E A PRESERVAÇÃO DO PODER

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 Nicolau Maquiavel foi um pensador florentino que viveu num período em que o Estado italiano era dividido em principados aflingido por constantes disputas políticas e guerras. É nesse contexto que Maquiavel, considerado o fundador da ciência política, escreveu seu tratado político denominado, O Príncipe como regra geral do pensamento político que estava implícito no adágio de seu tempo. Assim como outros pensadores deste período, Maquiavel acreditava que a paz seria decorrente das atitudes e virtudes dos governantes, e que a felicidade seria resultante do bom exercício da vida política em sociedade. A partir disso, Maquiavel faz da sua principal obra (escrita para Lourenço de Médici governador de Florença) um legítimo manual de ação política, cujo ideal é a conquista e a manutenção do poder. Disserta a respeito das relações que o monarca deve manter com a nobreza, o clero, o povo e seu ministério. Mostra como deve agir o soberano para alcançar e preservar o poder, c

Poder e Violência no pensamento político de Hannah Arendt

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  Poder e violência dentro da tradição da filosofia política são terminologias que sempre estiveram interligadas como designações complementares ou confundidos como sinônimos porque teriam a mesma função na relação de dominação e obediência. Hannah Arendt em seu ensaio “ Sobre a Violência ”, busca romper com esse paradigma do pensamento político da tradição (em especial Platão, Aristóteles e Hobbies que fundamentam a ideia de natureza corruptível dos homens, tendo uma inclinação inata de exercer o domíninio sobre o outro) dissociando a significação e utilização dos conceitos Poder e Violência como fenômenos distintos e opostos em suas essências , a partir da investigação etimológica (origem da significação da palavra) fragmentada ou diluída no percurso histórico.  Para  Hannah  Arendt, o Poder corresponde à habilidade humana não apenas para agir, mas para agir em conjunto, pois o Poder nunca é uma propriedade de um indivíduo; mas sim, pertence a um grupo de pessoas, permanecen