Postagens

Mostrando postagens de junho, 2012

O pensar pode ser uma forma de liberdade?

Imagem
Segundo várias teorias, só é considerado livre o ser humano autônomo, capaz de pensar por si mesmo - dando respostas originais ao mundo e a si próprio. Essas mesmas teorias afirmam que é possível educar-se para isso. Não é raro confundir pensar por si próprio com pensar para si próprio e ter a noção equivocada de que o pensar solitário é equivalente ao pensar independente. Contudo, nunca estamos tão dispostos a pensar por nós mesmos como quando encontramos envolvidos numa investigação compartilhada com outros. Matthew Lipman Para muitos é importante pensar não só em como o pensamento liberta, mas também nas formas livres do pensar. Como diz a canção: "O pensamento parece uma coisa à toa / mas como é que a gente voa / quando começa a pensar." Texto de autoria de Jacson Jonas Faller 

O que pensar revela sobre o ser humano?

Imagem
 Leitura: Fernando José de Almeida, Sartre: é proibido proibir. pág. 31 - 32 (...) estou aqui neste mundo. Eu existo. Mas o que é existir? É mais que o simples ser. As pedras são, as flores são, as nuvens são. Elas têm ser. Mas elas não sabem disso. Não se aborrecem, não criticam o chefe, não têm dor de cotovelo. Só o homem existe. Quer dizer: existir é ter consciência do próprio ser. Mas tomar consciência  da própria existência é coisa rara. Em geral tenho espaço para consumir, tenho tempo para gostar daquilo que todos gostam... (...) (...) Quando me pergunto sobre meu existir, tomo consciência dele. É uma situação parecida com a daqueles momentos em que estou sozinho dentro de um elevador e comigo mesmo, tendo de me olhar... Mais ou menos, raros, ocorrem em minha vida momentos fortes - doces ou violentos - em que tenho de me olhar de "corpo inteiro". Busco o sentido de tudo. Penso em mim, nos projetos, no mundo que vai me fazendo, neste meu c

O Mito de Narciso

Imagem
Em tempos idos, na Grécia, o rio Cefiso engravidou a ninfa Liríope. Meses depois, Liríope, apesar de não desejar a gravidez, deu à luz uma criança de beleza extraordinária. Por causa disso, Liríope consultou o adivinho Tirésias sobre o futuro de seu filho, e ele vaticinou que Narciso viveria, desde que nunca visse sua própria imagem. Sob essa condição, ele cresceu e tornou-se um moço tão belo quanto o fora em criança. Não havia quem não se apaixonasse por ele. Narciso, entretanto, permanecia indiferente. Um dia, porém, estando sedento, Narciso aproximou-se das águas plácidas de um lago e ao se curvar para beber, viu sua imagem refletida no espelho das águas. Maravilhado com sua própria figura, apaixonou-se por si mesmo. Desesperadamente, passou a precisar do objeto de seu amor, viu que não conseguiria mais viver sem aquele ser deslumbrante. Desvairado, inclinando-se cada vez mais ao encontro do ser amado, mergulhou nos braços frios da morte. Às margens do lago, nasceu uma